UEMS/Jardim: Acadêmicos de geografia realizam visita multidisciplinar em SP  

Por: Eduarda Rosa | Postado em: 28/06/2017

Entre os dias 21 e 25 de junho de 2017, acadêmicos do Curso de Geografia da unidade de Jardim, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), acompanhados dos professores, Ana Maria Soares de Oliveira e Sidney Kuerten, realizaram trabalho de campo relacionado à várias disciplinas do Curso. A viagem de estudo compreendeu o território limítrofe de Mato Grosso do Sul com São Paulo com destinos desde a cidade de Rosana/SP, onde está instalada a Usina Hidrelétrica de Porto Primavera, a Baixada Santista para visita técnica ao Porto de Santos/SP, à Capital de São Paulo e a cidade de Itu/SP.

Essa atividade complementar de ensino, de acordo com a professora Ana Maria, possibilitou a identificação e caracterização das diferentes formas do relevo estudados na disciplina de Fundamentos de Geomorfologia e Fundamentos de Hidrologia. Também, a compreensão dos fatores responsáveis pela gênese e evolução da paisagem existente ao longo do trajeto entre Jardim e as cidades percorridas no estado de São Paulo, com destaque para Rosana, São Paulo (capital), Santos e Itu.

Deu-se ênfase aos aspectos culturais, econômicos e sociais relacionados ao processo de produção e reprodução do espaço rural e urbano tratados nas disciplinas de Geografia Econômica, Geografia Agrária e Urbana. 

Na visita técnica à Usina Hidrelétrica de Porto Primavera, os participantes verificaram e discutiram sobre os aspectos hidrológicos, geológicos e geomorfológicos presentes na área em que se encontra a Usina, dos impactos econômicos, sociais e ambientais decorrentes da implantação desse empreendimento.

“No Porto de Santos realizamos um agradável passeio de Escuna, durante o qual pudemos  observar as construções da orla marítima contrastando com as vilas de pescadores e verificar o processo de embarque e desembarque de produtos nos terminais, além de uma palestra na sede da Companhia Docas do Estado de São Paulo – CODESP, por meio da qual tivemos a oportunidade de conhecer  a dinâmica do Porto e a importância econômica do mesmo para o município de Santos, estado de São Paulo e todo Brasil, dado o volume de exportação/importação, capital circulante e empregos gerados. Ainda em Santos visitamos o Aquário, onde os acadêmicos puderam conhecer diferentes espécies de peixes e animais marítimos, bem como o Museu do Café, que conta a história do café no Brasil e retrata seu período áureo”, relatou a professora.

Em São Paulo, capital, o grupo visitou o Museu do Imigrante, onde tiveram a oportunidade de conhecer a exposição “Migrar: Esperiências, memórias e identidades”; a Estação da Luz, uma importante central de transportes de São Paulo com integração entre trens e metrô; a Pinacoteca, com várias exposições de pintores que retratam diferentes gêneros artísticos, tais como:  a pintura histórica, o retrato, a paisagem e a natureza-morta; e o Mercado Municipal, importante centro de referência turística e gastronômica da cidade de São Paulo.

Os acadêmicos também tiveram a experiência de andar de metrô, indo da Estação da Luz à  Avenida Paulista, "nestas duas regiões da cidade de São Paulo os mesmos puderam verificar in loco e discutir comparativamente aspectos tais como: a produção do espaço urbano, a arquitetura, o transporte e a dinâmica urbana, bem como a segregação socioeconômica e espacial", destacou Ana Maria.

Na cidade de Itu, visitaram o Parque Geológico do Varvito, localizado numa área onde funcionou uma antiga pedreira. No parque ocorria a exposição permanente de varvito que faz parte de um pacote de rochas sedimentares formadas pela sucessão repetitiva de lâminas ou camadas, e que contêm evidências de uma extensa idade glacial, ocorrida há cerca de 280 milhões de anos.

“Foram quatro dias de intenso trabalho e aprendizado, confirmando que a aula de campo é para a Geografia um instrumento metodológico que envolve a teoria e a prática, pois é por meio do contato real no campo que se estabelecem as relações cognitivas de tudo que é observado, fato que permite agregar temas isolados ou contextualizações entre o tempo, o espaço e a ocupação humana do ambiente”, ressaltou a docente, Ana Maria de Oliveira.

* Informações da professora Ana Maria Soares de Oliveira